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A Evolução dos Aparelhos Auditivos



  • Saiba mais sobre a evolução dos aparelhos auditivos desde os primórdios!



A Evolução dos Aparelhos Auditivos: Dos primóirdios aos dias atuais

Aparelhos Auditivos Não Elétricos

Antes da descoberta e utilização da energia elétrica na fabricação de aparelhos auditivos, existiram dispositivos de auxílio de audição que se beneficiariam da mecânica e da acústica.

Alguns destes dispositivos ajudariam realmente as pessoas a ouvir melhor, enquanto outros eram basicamente dispositivos utilizados por charlatões para enganar pessoas ingênuas e que não pesquisavam antes de adquiri-los.

Existiram quatro classes de aparelhos auditivos não elétricos auditivos. Que são:

 

Trombetas de ouvido

Lady Brett, Carmel, 1933, Conger 736

Talvez o uso mais antigo de melhorar a audição foi o uso da mão em concha atrás da orelha. Isto ainda é uma forma eficaz de aumentar o som para o ouvido. Na verdade, apenas colocando a mão atrás da orelha, você consegue dar um impulso de 12 dB no volume de 1.000 Hz, e um pouco menos de 2.000 a 3.000 Hz.

No início do século XIX surgiriam as trombetas para serem utilizadas no ouvido. A teoria geral para o uso deste aparelho foi a possibilidade de fornecer direcionalidade para os sons desejados, enquanto que, ao mesmo tempo que protege a orelha dos sons de fundo indesejáveis (isto não é muito diferente do que os aparelhos auditivos modernos fazem).

Trombetas de ouvido foram mais eficazes quando utilizados de perto com a pessoa falando diretamente para a abertura (bocal).  Ela também poderia ser utilizada na audição à distância, entretanto haviam certas limitações para a captação do som.

Elas seriam fabricadas sob muitas formas e tamanhos, e permaneceriam como a melhor forma de dispositivo de audição até a segunda década do século XX.

Os primeiros fabricantes de trombetas seriam: FC Rein de Londres (que seria responsável pela criação da primeira trombeta e começando suas criações em 1800), T. Hawksley Ltd. de Londres, fundado 1869 e GP Pilling & Sons, Filadélfia, fundada em 1814.  Elas receberiam nomes conhecidos e alheios ao mundo da audição e seriam fabricadas durante mais de cem anos.

 

Tubos de Conversação

William Foster, está falando com sua dificuldade de audição tia, Bertha Foster, perto de Remus. Esta foto foi tirada na década de 1920.

Tubos de conversação seriam considerados o equivalente a dispositivos de assistência de audição. Eles foram geralmente utilizados para aumentar a relação sinal-ruído, e não proporcionaram qualquer amplificação direta. O locutor fala na extremidade do tubo (bocal em forma de funil)  e o som é dirigido ao longo do tubo para um auscultador que deveria ser colocado dentro do canal auditivo.

Foram produzidos em várias formas e tamanhos para acomodar diferentes situações de escuta, além de serem feitos a partir de uma grande variedade de materiais diferentes, tais como: madeira, borracha dura, celulóide, e até mesmo de marfim. Fabricados em forma de espiral e revestidos de algodão ou seda.

 

Aurículas


Página do catálogo que mostra a evolução do aurolese Rein telefones

Ilustração do catálogo de FC Rein –  mostra a evolução dos modelos das aurículas

Aurículas poderiam ser utilizadas isoladamente, ou em pares, geralmente encaixados em uma tiara, que deveria ser posicionada  na cabeça para mantê-los firmes e livres de pressão. Alguns modelos fizeram certo sucesso de venda no primeiro quarto do século XX.São considerados dispositivos de ajuda que usariam a acústica para melhorar a audição

Produziriam o mesmo grau de amplificação que uma pessoa segurando as mãos em concha atrás das orelhas. No entanto, foram capazes de dar uma resposta melhorada em determinadas frequências, dependendo do comprimento e do diâmetro interno dos tubos.

Foram fabricadas em celuloide, casco de tartaruga e metal. Alguns modelos seriam considerados ícones da moda no início do século XX.

 

Insere no Ouvido

1910 – Anúncio Wilson Ear Drum

 

Estes tipos de dispositivos começaram a ser produzidos em meados de 1800 e permaneceram até 1920.

Desde o início da fabricação dos aparelhos auditivos tem havido tentativas para miniaturizar estes dispositivos, com tentativas de produzir alguma melhora na audição, mantendo os dispositivos oculto ou invisível.. A maioria destas tentativas foram em grande parte consideradas produtos de charlatões, fraudulentas.

Havia também dispositivos patenteados, tais como, Vibrafones, Electraphones, Ear Radium e Ear Drums, mas mesmo assumindo alguma mudança em ressonância devido ao seu tamanho, eles pouco fizeram para melhorar o som de alguém com uma perda auditiva.

 

 Aparelhos Auditivos Elétricos  (1920 até os dias de hoje)

Aparelho Auditivo de Carbono

Os primeiros aparelhos auditivos de carbono estariam disponíveis no mercado a partir da virada do século 20 e foram possíveis devido a invenção do microfone de carbono. O microfone de carbono seria originalmente inventado para ser utilizado no telefone e através dele seria possível modular a corrente. Este microfone, usado na maioria dos aparelhos auditivos seria diferente daquele utilizado no telefone. O microfone de telefone utilizaria grânulos de carbono empacotados dentro de um cilindro com um diafragma de metal. A compressão do carbono através da ação das ondas sonoras no diafragma seria responsável por variar a resistência do carbono em relação ao som, permitindo assim a  reprodução do som no ouvido.

Em contrapartida, o microfone de carbono utilizado em aparelhos auditivos empregava um bloco de carbono com várias aberturas em forma de concha, que seriam cheios com tiras de carbono (muito pequenas). Estas foram mantidas no lugar por uma membrana fina, também feita de carbono. Este arranjo permitiria o controle das correntes maiores e produziria uma amplificação perceptível do som no canal auditivo.Quando mais amplificação fosse necessária, mais os microfones de carbono seriam ligados em paralelo, aumentando o fluxo de corrente.

Os primeiros aparelhos auditivos de carbono vieram com um, dois, três ou até quatro microfones. Como estes ainda eram lentos para iniciar seu funcionamento e as pessoas de detinham nível de deficiência auditiva de moderado a alto possuíam muitas dificuldades em utilizá-los, as trombetas de ouvido, tubos de conversação ainda estão presentes na vida de muitos na década de 1920.

Os aparelhos auditivos de carbono só ajudariam as pessoas com leve a moderada perda auditiva. Eles produziriam um som ruidoso e arranhado devido a ação das bolas de carbono sobre o diafragma e também produziriam uma resposta de frequência muito limitada.

Uma curiosidade acerca destes aparelhos é que estes não funcionariam se ficassem deitados, ou seja, na posição vertical. Isto acontecia porque era necessário que o carbono tocasse o diafragma contido dentro do aparelho, necessitando sempre estar na vertical para funcionar. Enquanto o microfone estivesse na posição vertical, a gravidade puxaria para baixo o carbono, de modo que este se espalharia na metade inferior do aparelho e, assim, tocasse o diafragma para que a corrente fluísse.

O amplificador de carbono era basicamente um fone de ouvido e microfone de carbono estreitamente ligado de volta para trás, onde o diafragma do fone de ouvido também serviu como o diafragma do microfone de carbono. Isto proporcionou um circuito secundário para o aparelho em que o fluxo da corrente foi aumentada. Com o aperfeiçoamento destes aparelhos, eles passaram a ser os itens de auxílio de audição mais vendidos até cerca de meados de 1940, visto que nesse tempo a descoberta da possibilidade da fabricação de aparelhos auditivos de tubo à vácuo, menores e que poderiam ser utilizados junto ao corpo.

 

Aparelho Auditivo de Tubo a Vácuo

O tubo a vácuo seria inventado em 1906 por Lee DeForest, entretanto sua utilização em aparelhos auditivos não seria empregada antes de 1921.

O primeiro aparelho com tubo a vácuo teria sido produzido por Earl C. Hanson e chamado de Vactuphone, tendo um pequeno tubo de vácuo para amplificação do som de um aparelho auditivo de carbono. Os colaboradores para o projeto de elaboração do Vactuphone seriam a Western Electric e a Globe, ambas as empresas fabricantes de aparelhos auditivos.  Iniciando a década de 1940, a companhia Raytheon desenvolveu tubos a vácuo em miniatura (1 ¼ “de comprimento e cerca de ⅜” de diâmetro) que seriam introduzidos, a partir de então, nos aparelhos fabricados.Isso tornou possível a fabricação de um aparelho auditivo pequeno o suficiente para caber dentro de um bolso da camisa.

Infelizmente, devido os requisitos de energia desses itens, foi necessário usar duas baterias, na qual uma delas (A) seria realmente grande devido a necessidade de alimentar os filamentos dos tubos de vácuo e outra bateria (B) seria necessária para o fornecimento de alta voltagem para a chapa de corrente. As baterias seriam então utilizadas na parte externa do aparelho, e o nome  ”duas peças” foi usado para descrevê-lo.

Em 1945, um projeto de melhorias do aparelho auditivo de tubo a vácuo trouxe novas reduções e avanços para este. Como resultado existiria a possibilidade do funcionamento com baterias de tamanho reduzido. Ao mesmo tempo, os componentes eletrônicos foram também sendo miniaturizado. Isso permitiu que os fabricantes de aparelhos auditivos pudessem projetar aparelhos auditivos com baterias internas. Depois de 1945, estes novos aparelhos, de “uma só peça” substituiriam rapidamente os seus anteriores. Com as melhorias contínuas em ambas as baterias e componentes, tais modelos de aparelhos auditivos continuaram a diminuir de tamanho até 1953, quando o tubo de vácuo foi subitamente substituído pelo transistor.

 

Aparelho Auditivo Híbrido

Em 1948 a empresa Bell Labs seria responsável pela invenção do transistor .Os demais fabricantes perceberam que este seria um grande avanço dos aparelhos auditivos, visto que o transistor eliminaria a necessidade da utilização de duas baterias, sendo agora necessário apenas uma, de tamanho bem menor, para o pleno funcionamento de um aparelho. Com a substituição por um transistor de um dos três tubos de vácuo, a drenagem de corrente foi reduzida para 1/3 (um terço), resultando em um pouco mais de vida para a bateria e, consequentemente, na redução dos custos para o utilizador.

Aparelhos auditivos híbridos (que utilizariam um transistor e tubos a vácuo) só foram produzidos por cerca de um ano antes dos aparelhos com transistores assumirem o mercado. Tais aparelhos, híbridos, são relativamente raros de se encontrar. O primeiro aparelho auditivo com um transistor seria o modelo 1010 da Sonotone, chegando ao mercado em dezembro de 1952. Ele utilizaria dois tubos de vácuo, além de um transistor na fase de saída.

Modelos de Aparelhos Auditivos Híbridos:

Acousticon (modelos A-300 [1953] e A-310 [1953]),
Audiotone (Modelo 15 [1953]),
Aurex (modelo T-2 [1952]),
Bonochord (Transitron M-30 [1954]),
Dahlberg (Modelo D-5 [1952]),
Danavox (Modelos 520 [1953] e 537 [1953]),
Fortiphone (Modelo 40 [1955?]),
Micronic / Audivox (Modelo 303-T [Janeiro de 1953]),
Omnitone (Modelo T-1 [1954-1955]),
Otarion (modelos C-15 [1953], C-30 [1953] e F-22 [1954]),
Siemens (Delta) [1954], e Telex (Modelo 954 [dezembro 1952]).

Aparelho Auditivo Transistor

Aparelhos auditivos transistores chegaram ao mercado em janeiro de 1953. O primeiro a ser lançado seria o modelo “O”, da  Maico,  no início de janeiro de 1953.  O fim da comercialização dos aparelhos de tubo a vácuo foi rápido. A maioria dos fabricantes rapidamente percebeu os benefícios do transistor, tanto para o consumidor e quanto para o fabricante, permitindo reduções muito maiores em tamanho e proporção de aparelhos auditivos dos anos de 1950 e 1960. Esta categoria existiria até 1980, época em que os aparelhos retro-auriculares se tornaram poderosos o suficiente para fazer os aparelhos utilizados junto ao corpo praticamente obsoletos, exceto para as perdas auditivas mais graves.

 

Aparelho Auditivo Retro-Auricular (BTE – Behind The Ear)

Os aparelhos retro-auriculares começaram a aparecer no mercado por volta de 1956, entretanto o primeiro aparelho deste tipo foi lançado um ano antes, em 1955 pela Sonotone (modelo 79).

Dahlberg lançaria seu primeiro modelo BTE D-12 em fevereiro de 1956, seguido de perto pelo Zenith com o lançamento do Diplomat em junho de 1956. O Minueto, da Beltone, surgiria em maio de 1958.

Os primeiros BTEs usavam componentes discretos, e enquanto a maioria dos componentes necessários para montar o aparelho estava disponíveis em miniatura, esta prótese auditiva foi relativamente grande em comparação com os BTEs de hoje.

Com estes auxiliares, um grande passo foi dado em direção a resolução dos problemas auditivos. Agora era possível fornecer a amplificação binaural, benefício que não estava inserido em muitos dos aparelhos transistores utilizados junto ao corpo. Existiam poucos destes modelos disponíveis, mas eram relativamente grandes e o uso do microfone deste aparelho não era o ideal para uma audição binaural, utilizavam um fone de ouvido em forma de Y que permitiam conectar um fone em cada orelha, no entanto a amplificação continuava sendo diferente para as duas orelhas (uma receberia mais som que a outra).

Os BTEs surgiram com uma certa esperança de resolver problemas de perdas auditivas severas. Um grande avanço foi a possibilidade de ter o microfone e o receptor dentro do mesmo item. O primeiro aparelho a utilizar um recurso totalmente integrado (que permitiria que muitos transistores e outros componentes fossem colocados em um único chip) seria fabricado em 1964, pela Zenith e recebendo o nome de Arcadia.

Atualmente, microchips e microprocessadores são utilizados na fabricação de BTEs, o que permitiu cada vez mais a discrição e a diminuição no tamanho dos aparelhos.

 

Aparelhos auditivos analógicos

Este tipo de aparelho analógico usa o processamento de sinal analógico, no entanto, o ajustamento do aparelho deve ser feito por um médico especialista. Além disso, alguns aparelhos analógicos têm vários “programas”, ou conjuntos de parâmetros, para ambientes de audição diferentes.

A tecnologia híbrida seria patenteada em 1977. O primeiro BTE híbrido digitalmente programável foi fabricado pela Widex, em 1988, e  introduzido no mercado com o nome de Quattro.

 

Aparelhos auditivos digitais

O primeiro aparelho auditivo digital a aparecer no mercado foi o Phoenix “Nicolet”. Ele foi desenvolvido em uma parceria entre a Universidade de Wisconsin e do Instrument Corporation Nicolet em 1987.

Este dispositivo tinha um sistema com duas partes: uma constituída por um processador de uso no corpo e um ficaria por trás do ouvido, sendo ligados em conjunto por um fio condutor. Poucos destes dispositivos seriam fabricados. Já em 1989 as empresas de aparelhos auditivos seriam já capazes de fabricar as peças com o processador inserido na peça que ficaria por trás da orelha. Estas peças seriam alimentadas por três baterias de 675.

O primeiro aparelho digital comercialmente bem-sucedido foi o Senso Widex, que saiu em 1996. A Oticon desenvolveria um aparelho auditivo digital em 1995, mas, em vez de colocá-lo no mercado, o enviou a centros de pesquisa audiológicos ao redor do mundo para novas pesquisas, assim, inadvertidamente, daria tempo para a Widex lançar o seu produto, chamado “one-up”. No entanto, quando Widex lançou o “Senso”, a Oticon imediatamente colocaria seu aparelho auditivo digital, DigiFocus,  no mercado, também em 1996.

Hoje em dia, todos os fabricantes de auxiliares auditivos importantes produzem aparelhos auditivos digitais. Eles vêm em muitos modelos e em todos os estilos, incluindo atrás da orelha e intra-canais. A maioria dos aparelhos auditivos vendidos hoje é da variedade digital. Aparelhos auditivos digitais oferecem muitas vantagens sobre os aparelhos mais antigos, os analógicos. Essas vantagens incluem características como redução de ruído digital, cancelamento de feedback digital e microfones direcionais combinados com multicanais de processamento de sinal digital.

 

Óculos com Aparelho Auditivo Transistor

Óculos estilo de aparelhos auditivos, que apareceu no mercado com o mesmo tempo que por trás da orelha aparelhos auditivos, gozava de alguma popularidade com os consumidores através de direita até o final de 1970. Eles tiveram certas desvantagens, tais como hastes mais grossas, (especialmente os da primeira geração), além do fato de que eles não funcionariam se você removesse seus óculos.

Com a evolução dos aparelhos BTEs (retro-auriculares) e os ITCs (intra-canal), os óculos com aparelho auditivos foram perdendo o seu lugar no mercado, já que os componentes destes eram relativamente grandes e tiveram que ser instalados em ambas as hastes da armação dos óculos. Com o tempo eles foram reduzindo de tamanho e favorecendo também a audição binaural, sendo também fabricados como condução aérea (fone de ouvido) e outros com condução óssea (mastoide). Com as novas tecnologias também existiram inovações interessantes com os aparelhos auditivos dos óculos. Por exemplo, no início, os óculos com próteses auditivas possuíam o microfone de um lado e o auscultador do outro lado devido a limitações técnicas. Então, anos mais tarde, quando as pessoas perceberam as vantagens de configurações onde o microfone está no lado surdo e o fone de ouvido na mesma haste. Outra inovação interessante dos óculos auditivos foi a fabricação de um modelo movido a energia solar, que viria a ser chamado Solaris. Ele foi revelado pelo Zenith em 1 de maio de 1958. Este aparelho auditivo foi vendido por US $ 250,00 (duzentos e cinquenta dólares).

 

Aparelhos Auditivos Intra-Canal

A evolução deste tipo de aparelho seguiu o mesmo caminho dos aparelhos BTEs. Os primeiros aparelhos de audição ITC foram relativamente grandes e salientes, de tal maneira que eles seriam bastante visíveis. No início tratava-se de um dispositivo modular ligada a um molde do ouvido. Havia quatro tamanhos básicos de intra-canais: o grande, o full-shell, o médio (meia concha), e o minúsculo, quase invisível, que viria a ser inserido completamente no canal auditivo (CIC). São adequados para as perdas de audição que vão de leve, moderada e grave.

 

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