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Alunos surdos da rede pública recebem novo equipamento para facilitar o aprendizado



  • Conheça esse projeto criado em 2012 pelo Ministério da Educação.



Alunos surdos da rede pública recebem novo equipamento para facilitar o aprendizado

Estudantes com deficiência auditiva das redes públicas de ensino contam com novo equipamento para facilitar o aprendizado. Trata-se de um conjunto formado por um pequeno chip emissor, na forma de microfone, usado pelo professor, e um receptor para o aluno. 
 
O projeto-piloto para uso da nova tecnologia, iniciativa da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secad) do Ministério da Educação, tem a participação inicial de 200 estudantes de 80 escolas das cinco regiões do País.
 
Segundo a diretora de políticas de educação especial da Secad, Martinha Santos, este primeiro momento será de monitoramento e avaliação dos impactos pedagógicos para os estudantes.
 
"Queremos proporcionar um documento de orientações para expandir o atendimento. Esperamos, a partir de 2013, já atender a educação infantil”, explica.

Seleção

As instituições de ensino foram selecionadas pelas secretarias estaduais de educação. As selecionadas contam com salas de recursos multifuncionais implantadas, oferecem atendimento educacional especializado e têm estudantes com deficiência auditiva matriculados nos três anos iniciais do ensino fundamental. Cada escola elegeu o professor que trabalhará com o equipamento.  

Funcionamento

O dispositivo adota o sistema de frequência modulada (FM) para filtrar a voz do professor e eliminar os ruídos da sala de aula, de maneira a melhorar a qualidade do som para os usuários de aparelhos de amplificação sonora e implante coclear (dispositivo eletrônico, parcialmente implantado, para proporcionar sensação auditiva próxima à fisiológica).
 
Com investimento de R$ 1,5 milhão, a nova tecnologia foi desenvolvida por pesquisa da Secad em parceria com o Laboratório de Estudos do Comportamento Humano da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e com a Universidade de São Paulo (USP), campus Bauru. A evolução do processo nas escolas será acompanhada também por especialistas de outras instituições de educação superior. 
 
Os 80 responsáveis pela implementação do projeto-piloto nas escolas selecionadas, além de pesquisadores das instituições de educação superior integrantes da experiência, participaram de curso de formação promovido pelo MEC.

Sala de recursos

O Ministério da Educação tem um programa para criação de salas de recursos multifuncionais nas escolas públicas de ensino regular. Essas salas aumentam a qualidade do atendimento educacional especializado a estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e superdotação, assegurando condições de acesso, participação e aprendizagem.
 
O MEC disponibiliza um conjunto de equipamentos de informática, mobiliários, materiais pedagógicos e de acessibilidade para a organização do espaço. Cabe à escola ceder o espaço físico e o professor responsável.
 
Para isso, a secretaria estadual de Educação deve apresentar a demanda no Plano de Ações Articuladas (PAR) e indicar as escolas a serem contempladas. O PAR é um documento com diagnóstico da situação educacional local e planejamento para uma nova etapa de quatro anos.

Viver sem Limite

O Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver sem Limite foi lançado pelo governo federal em novembro do ano passado com o objetivo de promover a cidadania, a autonomia e o fortalecimento da participação da pessoa com deficiência na sociedade, eliminando barreiras e permitindo o acesso aos bens e serviços disponíveis a toda a população.
 
Na área de educação, o plano prevê a ampliação do Benefício da Prestação Continuada (BPC) na Escola, que monitora a frequência de pessoas com deficiência na escola. Para isso, anualmente, são cruzados os dados do Censo Escolar e o Banco do BPC, a fim de identificar os índices de inclusão e exclusão escolar dos beneficiários.
 
Em 2008, foi identificado que 71% dos beneficiários do BPC, com deficiência na faixa etária de zero a 18 anos, estão excluídos da escola, e que somente 29% destes beneficiários estão na escola.
 
São formados grupos que fazem visitas às famílias dos beneficiários para identificar o que impede o acesso e a permanência de alunos com deficiência na escola. Atualmente, o programa funciona em todos os estados e no Distrito Federal e em 2.623 municípios (47% do total), abrangendo 68% dos beneficiários nessa faixa etária. 

 
Fonte: Portal Brasil
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